Na máquina do tempo, de HG Wells, já estávamos fazendo uma jornada iniciática pelos anos passados e futuros de nossa civilização. E em uma reflexão mais caseira, o recente Ministério do Tempo, ou sua obra literária O tempo é o que é, é-nos oferecido um enredo de mistério fantasioso ao longo do tempo.
Este livro contribui muito e bem para essa tendência inesgotável, que se estende desde os primeiros grandes escritores de fantasia científica, como o próprio Wells, Asimov ou o próprio Júlio Verne. Com um ritmo avassalador, estamos entrando em uma trama que liga com maestria aspectos da história do mundo. Não é que seja uma viagem no tempo, mas seria uma abordagem de aspectos incríveis da história.
Para Karen, uma agente de inteligência, a história é o caso dela. Ela melhor do que ninguém sabe interpretar porque acontece o que acontece, o que nos trouxe aqui e o que nos pode esperar no futuro. Karen está ciente dos elementos desestabilizadores do mundo, aqueles que tentam ajustar a evolução aos seus interesses mais sombrios.
Quando Karen não está envolvida em uma investigação maior, ela se dedica a investigar roubos de peças históricas. Essa dedicação é o que acaba unindo-a a Benjamin Hood, um especialista do Museu Britânico, um cara astuto e desconcertante que vagueia entre sua paixão por arte e história e sua bagunça vida pessoal.
Uma vez unidos pela força, Karen e Benjamin embarcam na aventura de decifrar um grande enigma a partir do qual não caminharão sozinhos. Aventuras, perigos iminentes e ação em ritmo acelerado. Um coquetel espetacular como leitura de lazer que ao mesmo tempo cultiva seu enredo sofisticado, onde se denota o alto grau de conhecimento de toda a nossa história.
O mundo se transforma em um grande quebra-cabeça onde os séculos mais remotos e a modernidade se transformam em peças intrincadas cujo encaixe pode ser maravilhoso.
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