Os 3 melhores livros de Tessa Hadley

Uma autora que faz com que ela trabalhe seu próprio gênero. Porque suas tramas transitam entre a intimidade, um ponto de suspense, o existencialismo doméstico e a ação vital entre dilemas e caminhos que os personagens assumem com aquele ponto de aventura que é a própria vida.

Então conhecemos Tessa Hadley (não confundir com a também escritora Tessa Dançay) é deixar-nos levar por uma literatura muito particular onde a proximidade dos seus protagonistas, mais as abordagens intransigentes às interioridades mais profundas do familiar, acabam por nos fazer habitar as histórias como aqueles fantasmas omniscientes que tudo sabem. Os leitores dessa quarta dimensão gostam do Big Brother. A questão é que você não conseguirá se desvencilhar daquele vidro de onde se observa tudo o que acontece com a atração simples, e ao mesmo tempo fascinante, do suspense cotidiano.

Os 3 romances mais recomendados de Tessa Hadley

O que sobrou da luz

É simples, em números ímpares não há equilíbrio. Ainda mais num ambiente de casais que de repente se torna um triângulo onde as arestas se projetam entre ângulos mais estreitos. A matemática da coexistência sob o mesmo teto. O pior e… porém também o melhor rumo a um estranho exorcismo que surge da situação paradoxal.

Eles são amigos inseparáveis ​​há trinta anos. Christine, a pintora discreta; seu marido Alex, um poeta amaldiçoado na juventude e agora diretor de escola; o bem-sucedido negociante de arte Zachary e sua extravagante esposa Lydia.

Numa tranquila noite de verão, Christine e Alex recebem uma ligação; É Lydia, chateada, do hospital: Zach acabou de morrer. O mesmo sentimento invade os três: perderam o mais generoso e o mais forte dos quatro, a âncora que os mantinha unidos, precisamente aquela que não podiam perder. Desolada, Lydia vai morar com Alex e Christine e, nos meses que se seguem, a perda, longe de fortalecer seus laços, traz à tona velhos desejos e mágoas até então enterrados no equilíbrio proporcionado pela quadratura de sua amizade.

O que sobrou da luz

Amor livre

O amor livre é uma fronteira a superar contra o ego do casal mais convencional. E também diante de convicções remotas de que a fidelidade é algo quase espiritual que pode até condená-lo a uma espécie de inferno. A questão é que, uma vez imerso nessa libertação, tudo pode acontecer. E não há possibilidade de voltar atrás sem acabar gravemente ferido, tanto nos egos como nas consciências.

Na casa dos Fischer está tudo pronto para receber um convidado para jantar: o jovem Nicholas, filho de um velho amigo da família. Até aquela noite quente de 1967, nem Phyllis, uma atraente dona de casa de quarenta anos, nem o seu marido Roger, um diplomata do Foreign Office, tinham parado para questionar a sua vida juntos, o retrato que compunham de uma família convencional da sociedade londrina. burguesia. Porém, depois do jantar, no jardim sombrio, Nicholas beija Phyllis, e pela primeira vez ela questiona se está realmente feliz, e os alicerces do lar começam a tremer.

Atraída por esse garoto rebelde e de aparência boêmia, Phyllis se lança em uma aventura sentimental que lhe permitirá explorar seus desejos mais íntimos sob o olhar atento de sua filha Colette, apenas uma adolescente prestes a entrar na vida adulta. A experiência desafiará a visão de mundo dos Fischer e revelará o que está escondido por trás da fachada das aparências.

Free Love nos mergulha na pulsante Londres do final dos anos 60, onde fervilhavam movimentos contraculturais na convivência com os valores burgueses, liderados por Phyllis, uma mulher que ousa desafiar tudo o que se espera dela como esposa e mãe. Elegante e subtil, depois de What Remains of Light, Tessa Hadley mostra mais uma vez a sua mestria para explorar recessos psicológicos, carregar o quotidiano de significado e criar atmosferas envolventes num romance que fala da onda expansiva das nossas decisões.

Amor livre

Em

Em algum momento, o que vivenciamos deixa de moldar quem somos. Nesse momento o passado se fecha, se retira e fica sozinho para dar vislumbres melancólicos, saudades, alguma culpa e tudo o que é irrecuperável. A partir desse momento você vive com o que você é, que nada mais é do que o que resta de tal amálgama...

Como todo verão, quatro irmãos voltam para a casa que pertence à família há gerações. Situada numa pequena cidade inglesa não muito longe da costa, é o mesmo local para onde a mãe, farta do marido, os levou quando eram crianças. Embora cheia de lembranças, a casa lhes parece cada vez mais estranha e sua manutenção mais cara, por isso os irmãos pensam em vendê-la e se desfazer dela para sempre.

Conscientes de que este poderá ser o último verão que passarão juntos, as emoções estão à flor da pele e há uma calma tensa que é agravada pela presença de Pilar, a nova e imponente esposa de um dos irmãos, bem como pela de Kasim, o filho carismático do ex-namorado de outra. Forma-se então um amálgama de memórias, interesses e personalidades com as quais a família terá que conviver durante três longas e calorosas semanas se quiser preservar laços que parecem cada dia mais fracos.

Em O Passado, Tessa Hadley apresenta-nos uma história em que o passado silenciado de uma família ameaça explodir e tornar-se insustentável. A memória e o presente dialogam num romance de prosa elegante e de inconfundível fleuma britânica, em que o leitor testemunha a partilha de uma vida que, embora em teoria partilhassem, cada um dos quatro irmãos percebe à sua maneira, com as suas próprias expectativas frustradas e de sua singularidade presente e passada.

O passado de Hadley
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