Malandar, de Eduardo Mendicutti

Malandar, de Eduardo Mendicutti
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Um aspecto singularmente paradoxal na transição para a maturidade é aquela sensação de que quem te acompanhou em um momento feliz pode acabar ficando a anos-luz de você, de sua maneira de pensar ou de ver o mundo.

Muito já foi escrito sobre esse paradoxo. Um caso drasticamente exemplar como o do romance Mystic River por Dennis Lehane ou ainda Sleepers, de Lorenzo Carcaterra, curiosamente dois romances transformados em filme. É verdade que essas duas histórias quebram aquela transição da infância e maturidade do traumático, mas aquele trauma, aquele cisma em pequenas réplicas, acredito que acontecem a todos nós quando já olhamos a infância com uma certa perspectiva para ver o imagem em sépia antiga de alguns dos amigos que se juntaram a nós naquela época.

Porém, neste romance essa inércia rumo à ruptura parece se deparar com uma perspectiva mais triunfalista. A amizade pode ser imposta, apesar de tudo ...

Toni e Miguel foram bons amigos de infância, junto com Elena acabaram compondo um triângulo singular daqueles com arestas e porque não dizer, também com segredos.

O lugar especial, aquele refúgio de toda a infância onde se estreitam os laços mais especiais chama-se Malandar, um pequeno universo alheio a tudo o mais, onde a amizade se fortalece com sangue, transformando a confluência entre o tempo e o espaço num santuário.

Em Malandar, Toni e Miguel sonharam com mundos de crianças de 12 anos. E é graças a Malandar e ao seu simbolismo que a amizade consegue prolongar o seu sentido de eternidade apesar de saber que cada nova visita tem menos tempo ... Por muitos mais anos os dois amigos saberão que devem cumprir o seu compromisso, uma viagem que nunca esquece o que foram e o que tiveram, um misterioso visto ao passado, às suas brasas e ao calor e à luz que ainda podem resgatar como verdadeiramente privilegiados na simplicidade de passar o tempo e de viver ...

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