Juan Urbano é um personagem único de Benjamín Prado, um alter ego que atuou como jornalista em colunas locais do jornal El País e que mais tarde retomou uma vida nova e mais plena na narrativa ficcional do autor.
Se bem me lembro, o último livro de Benjamín Prado Era uma biografia de Sabina paralela ao último álbum do gênio de Úbeda. Até a verdade.
E é que Benjamín Prado tem aquele gosto pela transição entre a ficção, a documentação, o jornalismo e a crónica dos tempos em que vivemos, tornando-se um todo numa das cartas que acaba sempre por conquistar pela sua frescura e pelo seu uso exitoso e imaginativo da linguagem para dotar de uma lirismo agudo tudo o que ela toca.
A questão é que Juan Urbano, professor de literatura em tempo parcial, retorna em Los trinta sobrenomes, o literário.
As anteriores aventuras de Juan Urbano foram: Gente malvada, Operação Gladio e Ajuste de contas, três histórias que apresentam um Juan enfrentado nas particularidades sociais e políticas de nossos dias na Espanha.
Nesta ocasião, graças ao seu já reconhecido prestígio como pesquisador, é contratado para investigar um bastardo de uma família poderosa. A rejeição inicial de filhos ilegítimos pode despertar a curiosidade de descendentes legítimos muito tempo depois. O que seria daquela filha extraconjugal do bisavô?
Uma parte da família, a mais humana e curiosa, tenta localizar o galho perdido da árvore genealógica. Enquanto a outra parte, mais prática e pouco dada a reuniões excêntricas que só podem levar a lutas patrimoniais, se opõe radicalmente.
O problema é que afinal a busca não se orienta apenas para um possível reencontro entre o curioso e o humano. Na história que liga aquele bisuabelo e seu deslize sexual, mergulhamos nas raízes das famílias de solera, nascidas de negócios sombrios de um passado em que o colonialismo justificava tudo, até as maiores injustiças ...
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