A história nos espera aí, objetiva em seus fatos e subjetiva em seus narradores. O problema é quando esses dois prismas entram em conflito claro, quando a subjetividade tem outra intenção que não se ajusta à luz dos fatos. Os nacionalismos se alimentam de mentiras ditas 100 vezes e relatadas em novos livros com pós-verdades incapazes de apagar a verdadeira tinta da História.
Às vezes, sem pecar como nacionalista, mas como patriota, é hora de tirar as cores de quem rotula o seu país com base nessa pós-verdade repetida 100 vezes ...
Resumo: Nenhum outro país como a Espanha tem uma história tão rica em imagens ou tão rica em conceitos, mitos e lendas. É a história mais exótica do Ocidente e também a mais extensa e extrema no seu âmbito, cronológico e geográfico, e com as maiores diferenças nos diferentes tempos. Ao longo dos séculos, a história da Espanha foi descrita e definida com base em conceitos incomumente controversos: reino bárbaro decadente, conquista oriental, paraíso multicultural, guerra divina, Reconquista, Inquisição, primeiro império mundial, monarquia pan-europeia, decadência profunda, lenda negra , país insurrecional que reivindica sua independência, cultura romântica por excelência, sociedade convulsionada e / ou revolucionária, democracia antifascista militante, país fascista retrógrado, democracia de consenso pioneira ...
Algumas dessas descrições são tópicos essencialmente falsos, mas a maioria se refere a processos históricos muito complexos ou realizações que requerem muitas nuances. Este livro é uma interpretação no debate sem fim da História de Espanha, realizado a partir de um desenvolvimento cronológico que explica a evolução do país e, com ela, os mitos, estereótipos e lendas que se vão construindo ao longo do tempo.
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