Os 3 melhores livros de Luis Esteban

Dizem que se busca sorte. Se os desenhos da fortuna funcionam assim, Luis esteban ele é um grande defensor dessa máxima. Porque sem dúvida você tem que saber trabalhar numa profissão (no caso como escritor), mas também tem que conseguir detectar a oportunidade de deslumbrar o pessoal e levá-lo para o seu campo.

Luis Esteban conquistou a simpatia de milhões de espectadores Mas acabou deixando todos sem palavras ao nos apresentar suas histórias, muito mais transcendentes do que a glória efêmera de um donut de televisão. Sim, aquele Pasapalabra de onde saiu triunfante com sua exibição de grande cultura geral.

E os policiais que acabam se voltando para a literatura, e mais especificamente para o gênero negro, já é um tendência confirmada pelo próprio Luis Esteban junto com outros grandes escritores como ele mesmo Vencedor da Árvore. Quem melhor do que eles para nos apresentar ao submundo? Como conhecer em profundidade tantas corrupções que acabam sendo vinculadas ao poder? Que melhor maneira de descer ao inferno diário de nossas cidades do que guiado por esses mantenedores da ordem?

Com apontamentos mais ou menos fictícios, a verdade é que a profissão servirá sempre de inspiração para este tipo de escritores. E a verdade é que quando se descobre o narrador Luis Esteban não se pode deixar de reconhecer que um bom trabalho para a conquista do best-seller do gênero negro sempre ávido por enredos sombrios, inquietantes, intensos ...

3 melhores romances de Luis Esteban

O rio estava silencioso

Neste livro O rio estava em silêncio, encontramos um policial documentado em primeira mão sobre qualquer conspiração que surja em seu caminho. Saragoça, minha cidade, torna-se aquele espaço onde posso projetar tantas experiências reais transformadas na imaginação para apresentar um romance policial com um enredo impecável e uma resolução espetacular. Com uma linguagem evocativa e precisa, com um domínio avassalador da linguagem para transmitir sensações. e ideias pretendidas, Luis Esteban investiga a resolução de dois casos interligados.

Ambos os ramos da trama compartilham em síntese a ideia da prostituição (masculina e feminina), seu mundo perigoso e seus habituais cenários ignominiosos. E ao seu redor são tratados aspectos delicados como a homofobia, como qualquer fobia levada ao extremo do mais violento dos ódios.

Porque O rio estava silencioso É um romance policial noir, uma história acelerada onde todos os personagens vagueiam na corda bamba, do inspetor de polícia Roy às vítimas que aparecem, incluindo personagens que deveriam pertencer aos ambientes mais grandiosos da sociedade.

John Wayne como personagem indireto. Sua foto no cadáver de um traficante. A ideia de um assassino homofóbico como ponto de partida para mergulhar em uma história sórdida, com aquele conhecimento do que se passa no submundo de um autor com doutorado em assuntos sórdidos, graças ao seu trabalho policial na vida real.

Mas o que pensamos está circunscrito à parte mais baixa de nossa sociedade, às noites e às favelas da cidade, acaba espirrando até mesmo para outra parte da cidade, para onde circulam ternos e mulheres elegantes.

Zaragoza e suas fiestas del Pilar como um cenário agitado que dá origem a todo tipo de excessos, mesmo aqueles que podem provocar violência e instintos homicidas.
O rio ficou em silêncio, por Luis Esteban

Marrocos

Na sigla particular de Moroloco encontramos o pseudônimo perfeito para o caráter nuclear deste romance. Um líder do submundo num Campo de Gibraltar onde prolifera um dos grandes mercados de haxixe negro do mundo.

E o autor deste romance sabe bem disso, um Luis esteban cuja atuação como comissário da Polícia Nacional em Algeciras confere à história a dose perfeita de verossimilhança. Para acabar compondo um escrupuloso romance policial com metodologia em um enredo que bem poderia ser um caso de investigação recente. Assim que entramos nesta história de Moroloco temos aquela sensação de tensão máxima pela proximidade entre os dois espaços da realidade e ficção, o que equivale a um realismo avassalador em ação acelerada. Já sabemos que o gosto quase mórbido deste tipo de literatura reside no reflexo do que há de pior na nossa sociedade. É como dar um passeio pelo lado selvagem, como cantava Lou Reed.

De Moroloco, traçamos o mapa comovente de influências e favores pagos, de corrupção e coerção. Ninguém gosta de um chefão deste estilo para corroer os pilares do poder. E graças a Deus, ninguém como um policial confiante em sua missão de deter esse assalto que ameaça corromper tudo e dar carta branca aos traficantes.

Para enredar o enredo, Moroloco, conhecido por seus estreitos vínculos com o poder, acaba sendo tentado pelos serviços de inteligência de seu país a assumir um papel mais próximo da espionagem.

Gabriel Zabalza poderia ir tão longe. O fiel comissário da Polícia Nacional, sempre à sombra de Moroloco, tem-no marcado tão de perto, valendo-se mesmo de recursos externos ao oficial, que em breve suspeitará que o poderoso criminoso que ninguém conhece ou pode deter, também está imerso numa espécie de missão que acarretará ainda mais perigos do que a sua própria dedicação ao enriquecimento com narcóticos.

Moroloco, de Luis Esteban

O inspetor que ordenhava vacas

Sempre há algo especial naquele primeiro trabalho que transcende até mesmo o público em geral. A marca narrativa de cada autor é revertida naquele primeiro livro. Nesse caso, o enredo do romance se destaca como um mosaico singular entre o gênero policial e uma espécie de realismo de autoajuda.

Ignacio Azcona era inspetor de polícia e teve que se recuperar da visita ao inferno. Porque o caso do qual ele mudou completamente de vida estava prestes a devorá-lo. O que há de mais sinistro no ser humano sempre encontra seu reflexo nas camadas superiores de qualquer condição, pois somente entre aqueles que prosperam podem ser encontradas as mentes mais perversas, vencedoras a qualquer preço, egoístas sem limites morais.

Não é que estejam todos lá, mas alguns. Uma rede de prostituição infantil, um inspetor como Ignacio Azcona convencido de fazer o bem como necessidade máxima, custe o que custar. E vai custar, e aos poucos vamos entendendo o que Ignácio está fazendo se reconstruindo no litoral do Brasil. Enquanto isso, uma trama policial de máxima intensidade e uma aventura existencial do protagonista.

O Inspetor que Ordenha Vacas, de Luis Esteban
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2 comentários em "Os 3 melhores livros de Luis Esteban"

  1. Luis Esteban tem um quinto romance, BIOGRAFÍA DE TU AUSENCIA, com o qual ganhou o 2022º Prêmio Internacional de Romance Negro e Mistério Ciudad de Las Palmas (XNUMX). É uma pena que a editora IDEA dificilmente distribua na Península e que este romance tenha passado quase despercebido por isso.

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