Turbulences, de David Szalay

Na era pós-cobiça, com sua transformação pandêmica de vida, encontros fugazes e viagens imprevistas parecem utopias menores de inter-relação com outras de nossa espécie. Um estranho fio da suspeita mais séptica afasta a máscara de qualquer interlocutor não coabitante.

E é por isso que uma história como esta de David szalay Ela nos leva de volta a uma nova normalidade desejada, àquele espaço compartilhado necessário apesar de tudo. Antigamente acontecia nas viagens para qualquer parte que estranhos deixassem de ser estranhos para acabar se tornando personagens sugestivos com quem conversar como se escrevessem capítulos insuspeitados da nossa vida, dando-nos ao acaso que apontassem para a aventura porque é assim que queríamos, no fundo , aqueles de nós que encorajamos a trocar essas saudações e algo mais como faíscas que acenderam coisas novas.

A narrativa atual às vezes precisa de uma pausa nos gêneros superexplorados para se sintonizar com outras ondas mais literárias. íntimo, existencialistas mesmo. Por buscarmos o que buscamos na leitura, sempre nos surpreendemos quando, além da evasão, encontramos aquele algo mais, aquela sensação de que, aliás, grandes aventuras são vividas nos livros.

Durante um voo turbulento, uma mulher fala com o homem sentado ao lado dela no avião; aquele homem volta para casa com notícias trágicas que também impactaram outro estranho. Certa noite, um piloto encontra um jornalista cuja vida passa por pequenas mudanças antes de seguir para o aeroporto. Cada uma dessas viagens, acorrentadas, abre portas para outros personagens, para outras vidas, para outros mundos.

Nas viagens de Londres a Madrid, de Dakar a São Paulo, Toronto, Delhi ou Doha, seja para visitar namorados, irmãos, pais idosos ou ninguém, os doze protagonistas desta obra vivenciam toda a gama de emoções humanas, desde solidão para amar e, embora às vezes não saibam, interagem com os outros de forma fugaz, decisiva e eletrizante.

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