Sem medo, por Rafael Santandreu

Nossos medos também são somatizados, sem dúvida. Realmente tudo se somatiza, o bom e o ruim. E a estrada é uma volta sem fim para a frente e para trás. Por causa da emoção, criamos sensações físicas internas. E desse sentimento incômodo que nos geramos, do medo, podemos chegar a nos cancelar em um mecanismo estranho onde precisamos colocar nossa consciência de lado, bloqueando-a se necessário para justificar a vontade de não fazer ...

O medo que pode paralisar tudo. O medo capaz de tornar a vontade mansidão e renúncia. Se a humanidade soubesse enfrentar o medo com a certeza de não ter nada a perder além da entrega de um pedaço de alma a cada renúncia.

A questão é que talvez aquela rendição aos medos, desde os atávicos aos historicamente infringidos pelo autoritarismo em todos os níveis, parece também ter conseguido se reviver numa espécie de aperfeiçoamento evolutivo. Diante de todos os tipos de avanços sociais, políticos, econômicos ou tecnológicos, nossos medos cresceram mesmo sob o disfarce de uma falta de complacência.

Porque o mundo avançado nos posiciona como seres interligados, sim, assentados em supostos bem-estar (tudo pode ser matizado) e habitantes exclusivos de mundos concretos onde prevalecem valores e princípios distantes do ambiente natural que em última análise nos envolve.

Na dissonância que tudo isso produz, aumentam os medos, porque não podemos escondê-los em falsidades e aparências tidas como panaceias da modernidade. É verdade que o medo também se instala em nós como advertência, alerta. Mas, será que entendemos a grande diferença entre esse significado natural do estado de alerta e o sentimento delirante de viver excluído do que nos cerca?

Rafael Santander Ele nos fala neste livro de reconfiguração do cérebro, um termo muito apropriado para começar com um reboot, um reinício que nos aproxima dos pontos de partida iniciais onde podemos ver o que nos rodeia com uma perspectiva mais plena e libertadora, sem tanto " carregado "artifício já em nossa atual configuração de vida. As manifestações de medo são atualmente várias formas de fobias desenvolvidas no meio científico. Enfrentá-los é saber, na medida que cada um de nós tem que fazer, o quanto somos afetados e como nos libertar ...

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