Ninguém sabe, de Tony Gratacós

Os fatos mais estabelecidos no imaginário popular pendem do fio das crônicas oficiais. A história molda os meios de subsistência e as lendas nacionais; tudo colado sob o guarda-chuva do sentido patriótico da época. E, no entanto, todos podemos intuir que haverá coisas mais ou menos verdadeiras. Porque o épico sempre foi escrito a partir da noção dos vencedores de qualquer batalha, ou apontando para o heroísmo sobre-humano das companhias tomadas a qualquer momento.

Sem dúvida, um campo fértil para a literatura de ficção ter um bom relato de lacunas, suspeitas ou quaisquer outras opções para extrair novos argumentos. Curiosamente, raramente encontramos resenhas críticas de ficção sobre a mítica primeira circunavegação do mundo. Agora, da mão de Tony Gratacós, é a vez de tal missão para o deleite de todos...

Quando Diego de Soto termina seus estudos universitários em Valladolid, é solicitado por um de seus professores, o grande cronista real Pedro Mártir de Anglería, para ser seu discípulo e realizar sua primeira tarefa como assistente: Diego deve viajar para Sevilha para coletar dados de expedições ultramarinas e assim completar suas crônicas.

Mas esta jornada tem muito mais para ele do que ele pode imaginar. Isso o colocará no rastro da jornada de Magalhães, considerado por muitos um traidor, e ele descobrirá o que dizem os poucos que retornaram daquela expedição épica que conseguiu chegar às Ilhas Molucas e dar a volta ao mundo pela primeira vez, entre eles o novo herói Elcano, não coincide com as crônicas oficiais. Esta revelação vai fazê-lo duvidar de tudo o que foi dito sobre os portugueses até então. Porque e se a história mentir? Uma aventura única que nos mergulha em um dos momentos mais esplêndidos e fascinantes da história da Espanha e que esconde um segredo emocionante que levou quinhentos anos para ser descoberto.

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