A ficção polÃtica, no meu entendimento, atingiu seu ápice com esse personagem de aparência sombria, mas determinada. Um escritor que se escondeu atrás do pseudônimo de George Orwell deixar-nos obras antológicas com grandes doses de crÃtica polÃtica e social.
E sim, como você ouviu, George Orwell é apenas um pseudônimo para assinar romances. O próprio personagem se chamava mesmo Eric Arthur Blair, fato nem sempre lembrado entre as particularidades deste autor que viveu os anos mais turbulentos da Europa, a primeira metade de um século XX inundado de sangue.
Aqui está um volume completo com o melhor de George Orwell…
Da ficção cientÃfica à fábula, qualquer gênero ou estilo narrativo pode ser adequado para transmitir uma noção crÃtica sobre polÃtica, poder, guerra. A narrativa de Orwell parece mais uma extensão de seu posicionamento social ativo. O bom e velho George ou Eric, como você quiser chamá-lo agora, seria uma dor de cabeça constante para todos os objetivos polÃticos que se interpuseram entre as sobrancelhas, desde o governo estrangeiro de seu próprio paÃs e seu imperialismo colonizador cada vez mais desatualizado até as potências econômicas. No meio do processo de imersão social, e sem esquecer os fascismos nascentes de meia Europa.
Portanto, ler Orwell nunca o deixa indiferente. A crÃtica explÃcita ou implÃcita convida à meditação sobre nossa evolução como civilização. Eles compartilham esta honra de crÃtica polÃtica tanto Huxley como Bradbury. Três pilares fundamentais para ver o mundo como uma distopia, o desastre da nossa civilização.
3 romances recomendados de George Orwell
1984
Quando li este romance, naquele processo de ebulição de ideias tÃpico da primeira juventude, fiquei impressionado com a capacidade de sÃntese de Orwell para nos apresentar aquele ideal de uma sociedade anulada (ideal para o consumismo, o capital e os interesses mais espúrios, claro ).
Ministérios para direcionar as emoções, slogans para esclarecer o pensamento..., A linguagem atingindo o seu mais alto nÃvel de retórica para conseguir primeiro o esvaziamento dos conceitos, do nada e o posterior preenchimento ao gosto e interesse da alta polÃtica ao serviço da uniformidade. O pensamento único desejado alcançado com a lobotomia semântica.
Resumo: Londres, 1984: Winston Smith decide se rebelar contra um governo totalitário que controla cada um dos movimentos de seus cidadãos e pune até mesmo aqueles que ofendem com o pensamento. Ciente das terrÃveis consequências que a dissidência pode trazer, Winston se junta à ambÃgua Irmandade através do lÃder O''Brien.
Aos poucos, no entanto, nosso protagonista percebe que nem a Irmandade nem O''Brien são o que parecem, e que a rebelião, afinal, pode ser um objetivo inatingÃvel. Por sua magnÃfica análise do poder e das relações e dependências que cria nos indivÃduos, 1984 é um dos romances mais perturbadores e envolventes deste século.
Rebelião na fazenda
Ohhh, porcos comunistas, que metáfora sutil. ele Ele. Perdoe-me a licença humorÃstica. Amei este livro, mas não posso deixar de imaginar o desencanto de George com o comunismo russo. Ele, como muitos outros, considerava os postulados de Lenin o ideal da sociedade. Mas alguém perdeu o discurso de Lenin ou Stalin acabou jogando-o no vaso sanitário.
Neste livro George Orwell, entendo que com atroz decepção ele acaba explicando de forma fabulosa o truque do comunismo posto em prática. As ideias, boas, implementadas e levadas ao extremo. A licença nos atos, com base no fato de que essas são as idéias "boas". Tudo o mais é oferecido porque, no fundo, o fim justifica os meios ...
Resumo: A fábula como ferramenta para compor um romance satÃrico sobre o comunismo. Os animais de fazenda têm uma hierarquia clara baseada em axiomas indiscutÃveis. Os suÃnos são os maiores responsáveis ​​pelos costumes e rotinas de uma fazenda.
A metáfora por trás da fábula deu muito que falar sobre seu reflexo nos diferentes sistemas polÃticos da época. A simplificação dessa personalização dos animais expõe todas as armadilhas dos sistemas polÃticos autoritários. Se a sua leitura busca apenas diversão, você também pode ler sob essa fabulosa estrutura.
Homenagem à Catalunha
E já que estamos nisso, termino este ranking com uma história da guerra civil espanhola. Talvez ele tenha escrito a homenagem com um certo humor britânico, pois o que Orwell viveu no front como brigadeiro e que acabou transferindo para este livro é devastador.
O comunismo confrontado com o marxismo e sem um inimigo comum para poder meio-lutar. A irracionalidade chegou a esse extremo. O conflito bélico espanhol como germe do fascismo e do totalitarismo que viria mais tarde...
Resumo: Homenagem à Catalunha é sem dúvida um dos livros mais importantes do século XNUMX, admirado por autores de todas as idades e condições, de Connolly ou Trilling a Javier Cercas, Antony Beevor ou Mario Vargas Llosa, que chegou a Barcelona nos anos XNUMX com este trabalho debaixo do braço.
Um texto-chave sobre a guerra na Espanha, que serviu de ensaio geral para a Segunda Guerra Mundial e que inclui a experiência pessoal de George Orwell. O autor britânico chegou a Barcelona em plena efervescência revolucionária em dezembro de 1936 e em menos de um ano teve que fugir da implacável máquina soviética por ter feito parte das milÃcias do POUM.
A honestidade e a coragem com que Orwell conta o que viu e viveu fazem dele o escritor moral por excelência. Tributo à Catalunha é um poderoso manifesto do homem contra as abstrações que inevitavelmente acabam levando ao terror.