Os 5 melhores livros de viagens

Desta vez não consegui me limitar a 3 casos na minha seleção temática de livros. Porque falando de literatura de viagem, com a intenção de abandonar as próprias referências culturais, é preciso pegar um barco ou avião para os 5 continentes. Mover-se entre a Europa, a América, a África, a Ásia ou a Oceania tem o seu ponto entre a aventura, o romantismo, a história e a paisagem, claro. O objetivo é carregar o que há de melhor antes de pegar a estrada.

E a literatura nos dá essa visão que vai além de meros guias com recomendações gastronômicas. É disso que trata esta entrada, livros de viagens sobre países e continentes com o intuito de dar a conhecer essências mais do que rotas ...

Porque sobretudo o facto de viajar de um lugar para outro aponta para o mimetismo necessário para desfrutar a viagem, para conhecer outros costumes e abrir-se a percepções e idiossincrasias que podem estar a anos-luz de distância da nossa forma de ver a vida. Mas viajar é isso. O resto é turismo.

Por isso vamos lá com aqueles livros que nos podem ajudar a preparar uma boa viagem que nos faça viver a experiência única durante a nossa passagem por aquele destino e que sirva para evocações de todo o tipo no regresso, como alimento para uma alma crescida a partir dessa visão multifocal do mundo.

Os 5 melhores livros de viagens

Livros de viagens na África: Trilogia África, por Javier Reverte

É sempre bom começar com a coisa mais próxima que nem sempre é a mais conhecida. O continente africano nos espera como um lugar maravilhoso depois de escalada a cordilheira do Atlas. Ninguém melhor do que Javier Reverte para nos guiar através de muitos espaços únicos em diversos países da África ...

  • O sonho da áfrica já é um clássico da literatura espanhola nos últimos anos. Desde que foi lançado em 1996, tornou-se um best-seller e foi considerado por leitores e críticos como o livro pioneiro que re-fundou e reabriu a tradição da literatura itinerante na Espanha. Hoje não podemos falar de literatura de viagem em nosso país sem nomear este grande livro precursor a tantos outros.
  • Em sua segunda viagem ao continente africano, Javier Reverte percorreu a África do Sul, Zimbábue, Tanzânia, Ruanda e Congo para nos deixar uma nova e chocante história sobre o mistério da África e o risco de viajar por territórios inseguros. As inúmeras batalhas travadas na África do Sul, o genocídio de Ruanda de 1994 ou os horrores sofridos no Congo, quando era quase uma propriedade pessoal do Rei Leopoldo II da Bélgica, são alguns dos fatos históricos que o autor atravessa de forma dura e bela prosa, épica e lírica ao mesmo tempo, que se conclui de forma brilhante com a navegação pelas águas do gigantesco rio Congo.
  • En As estradas perdidas da África, A terceira viagem africana de Javier Reverte, o autor leva-nos aos territórios da Etiópia, Sudão e Egipto, regiões próximas do curso do Nilo. Como é habitual nos seus textos itinerantes, o escritor faz-nos caminhar ao seu lado com naturalidade, ternura, curiosidade, percepção, humor, paixão e uma compreensão profunda do humano. E no estilo dos seus dois livros anteriores, a par dos rostos, vozes e perfumes da estrada, Reverte aproxima-nos de episódios singulares da história africana, para nos fazer compreender melhor o drama e a grandeza do continente.

Livros de viagens na Ásia. O Grande Bazar Ferroviário paul théroux

Todo mundo sofre aquela paixão pelo país ou local de sua vez. No caso de Theroux, muitos dos seus livros aproximam-nos daquela Ásia que sempre descobrimos nos aspectos espirituais, mas também nos costumes mantidos com uma devoção insuspeitada até hoje. Theroux escreveu muitos outros livros de viagens sobre a China ou outros países subasiáticos e também sobre as rotas americanas. Mas neste caso ele pegou o trem para ver paisagens muito diferentes ao longo de um percurso longitudinal que atravessa quase toda a Ásia.

A crônica de uma viagem pela Turquia, Extremo Oriente e Sibéria, tendo o trem como ponto de encontro, que inaugurou um novo gênero de literatura de viagem. Quando criança, Paul Theroux não conseguia ouvir o apito de um trem sem sentir um desejo irresistível de embarcar. Porém, ao contrário do viajante tradicional, que utiliza este meio de transporte de forma puramente utilitária para chegar ao seu destino, o que interessa a Theroux são os próprios caminhos-de-ferro. Ele quer conhecer todos eles e para isso se propõe a ir da Victoria Station de Londres a Tóquio, saltando tudo o que encontrar em seu caminho.

Livros de viagens na América. As veias abertas da América Latina, de Eduardo Galeano

Esqueça a América. Vivemos num ambiente cultural e num imaginário replicado deste lado do Atlântico em comparação com os EUA. Não quero dizer que uma viagem à cosmópolis por excelência, Nova York, ou a uma cidade do Kansas seja igual ou não contribua em nada, porque toda viagem é descoberta. Mas sem dúvida temos muito mais para conhecer desde o Rio Grande até a Terra do Fogo. E sem apontar a pretensão de apontar um livro que nos aproxima de um percurso tão extenso, fazemos essa seleção para ser delineada como um guia que resgata o sentimento compartilhado da América de hoje entre antigas colônias e autogovernos fracassados. .

«Na América todos temos um pouco de sangue original. Alguns nas veias. Outros em mãos. Escrevi minhas veias para difundir ideias alheias e minhas próprias experiências que talvez ajudem um pouco, na medida do seu realismo, a esclarecer as questões que sempre nos assombraram: a América Latina é uma região do mundo condenada à humilhação e à pobreza? Condenado por quem? Culpa de Deus, culpa da natureza? “Não será o infortúnio um produto da história, feito pelos homens e que pelos homens pode, portanto, ser desfeito?” Eduardo Galeano

Livros de viagem na Oceania. Viagem à Austrália, Nova Zelândia e Malásia, por Gerald Durrell

Após uma viagem de 72.000 quilômetros e seis meses, GERALD DURRELL reúne neste livro as aventuras e observações de sua VIAGEM À AUSTRÁLIA, NOVA ZELÂNDIA E MALÁSIA. Em consonância com a exposição dos efeitos desastrosos da intervenção humana sobre o equilíbrio ecológico, alterado pela agricultura, desmatamento, caça e mineração, o grande naturalista nos apresenta os tuátera (sobrevivente de um réptil pré-histórico e dotado de olho pineal), a pedra da virada da Nova Zelândia, o coala, o ornitorrinco, o rinoceronte de Sumatra, o dragão voador mítico e a tartaruga de couro e narra as aventuras engraçadas e incidentes imprevistos que pontuaram sua longa jornada.

Livros de viagem na Europa. Viagens pela Europa, de Emilia Pardo Bazán.

Não é fácil para um europeu apontar para aquele livro capaz de extrair particularidades e ao mesmo tempo formar o caldeirão perfeito entre tantos países de uma Europa cada vez mais atomizada nos antecedentes e também uniformizada nas formas. Mas se temos ousado na selecção de obras para outros continentes, temos de fazer o mesmo com a velha Europa. Vamos la…

Este livro de Viagem pela europade Emilia Pardo Bazán inclui Minha peregrinação, a partir de 1888, No sopé da torre eiffel y Para a França e para a Alemanha, a partir de 1890, Quarenta dias na Exposição, de 1901, e meio em que fala da Bélgica, Portugal e França da Para a Europa Católica, 1902. São livros que EPB publicou na época como uma compilação de crônicas de correspondente que ele havia escrito para os jornais. O Imparcial, A Nação (de Buenos Aires), e outros, durante a viagem a Roma na peregrinação organizada de trem para assistir ao jubileu de Leo XIII, o durante los largos meses de la Exposición Universal de París de 1889, (cuando se erigió la Torre Eiffel y la gran Galería de las Máquinas), y la de 1900, o los recorridos de investigación sobre la política de los gobiernos católicos en los Países Baixos.

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