O Vale da Ferrugem, de Philipp Meyer

Rust Valley
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Um romance lento que explora as deficiências da alma quando a pessoa é despojada do material. A crise económica, a depressão económica dão origem a cenários em que a falta de apoio material, num estilo de vida baseado nisso, no tangível, degenera em almas cinzentas cujas esperanças parecem desaparecer ao ritmo da perda do poder de compra.

Neste livro Rust Valley somos apresentados a um cenário típico da América profunda, mas facilmente reconhecível e extrapolado para qualquer canto do mundo nesta economia global. O mais estimulante dessa leitura é aquele aspecto do pessoal no macroeconômico, do particular em comparação com os gráficos de tendência, os números da dívida pública ou do gasto social.

O sonho americano se transforma cada vez mais no pesadelo da ficção. No país mais rico do mundo, ou um dos primeiros, existe o paradoxo de que seus cidadãos podem se encontrar desamparados de um dia para o outro. Isaac, o protagonista deste romance, é um jovem dotado intelectualmente com vontade de progredir, mas deve permanecer sob o peso do pai doente, da cidade decadente e daquele vale onde tudo cheira a abandono.

Junto com Isaac, encontramos Billy Poe, outro garoto com muitas possibilidades, mas sem nenhum indício de realidade. Uma poderosa sensação de inércia move a vida dos dois meninos, com uma sensação permanente de fuga iminente em busca de um futuro.

E um dia eles decidem. Ambos acabam fugindo de lá com nenhuma outra mala senão suas esperanças e sonhos. Mas o destino é teimoso e traiçoeiro sozinho. Pouco depois de embarcar no seu caminho incerto, o plano foi completamente desfeito, pelo menos o seu plano, porque o leitor sempre poderia ter pensado que não, que não havia saída daquele lugar magnético.

Crescendo na tristeza, desespero, falta de sonhos, os dois meninos de repente se deparam com a encruzilhada de suas vidas. As decisões que eles tomarem acabarão moldando a ideia de se os destinos podem ou não ser reescritos pela força de vontade.

Há um certo encanto na decadência, e este livro ostenta esse sentimento. Ao ler, você se embriaga com a pesada ideia de que a rotina mais simples confere certa imortalidade aos personagens, aos momentos e a toda a sua vida em geral. Recomendado como livro de cabeceira para terminar o dia com uma leitura descontraída.

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