A fantasia, tocada por um autor como era Adolfo Bioy Casares, um tipo tendente à terra, existencialista, mergulhado na forma de narrar os seus diferentes romances policiais ou mesmo a ficção científica, acaba por conferir a esta obra literária específica um carácter singular a meio caminho entre o estranhamento e a melancolia.
Nos bairros do Baixo Buenos Aires, em 1927, os dias de carnaval são uma festa que Emilio Gauna e seus amigos se deliciam, jovens que, na falta de poder comer o mundo, devoram a noite acompanhados de álcool. A fantasia que envolve este romance às vezes parece um delírio de tantos excessos alcoólicos, mas ao mesmo tempo torna-se uma memória poderosa enraizada com plena certeza.
O que Emilio Gauna acabou vendo naquelas noites de festividades pagãs o levará três anos depois em sua busca, repetindo padrões semelhantes, na esperança de que a magia responda como um déjá vù do que certamente foi vivido.
Emilio sabe que sua fantasia pode levá-lo a outras opções, outras vidas, longe das pessoas que o impedem de decolar deste mundo. Do outro lado das oportunidades que o aguardam, encontrará Clara, totalmente entregue a ele.
Cada jornada transcendente envolve seus riscos. Qualquer ideia de que a realidade pode ser transformada pela ficção pode acabar arrastando você para fora desse mundo real. Mas Emilio está disposto a pagar o preço, mesmo que o ideal só possa ser uma cortina de fumaça no final.
Além do mais, os riscos inerentes a essa conquista do fantástico, como a oportunidade de reconstruir sua vida à vontade, podem acabar com ele antes mesmo de saber o que pode ou não ser verdade nesses tipos de sonhos que você parece tocar. saindo de um sonho.
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