Tentar explicar o que está acontecendo com o PSOE não é uma tarefa fácil. A quebra do bipartidarismo atomizou o voto, dispersando-se em maior medida na zona esquerda do eleitor. Diante de uma direita invadida pela corrupção, o emblemático partido operário espanhol não conseguiu retomar o poder, nem mesmo com novos partidos de esquerda muito derrotados por ideologias enraizadas no mais extremo dessa tendência política. Tudo começou muito recentemente ...
Às seis da tarde de 1º de outubro de 2016 o PSOE explode em sua sede na Calle Ferraz em Madrid. Toda a Espanha assiste com assombro um espetáculo de urnas clandestinas, insultos, lágrimas e ameaças, culminadas com a chocante defenestração de Pedro Sánchez, secretário-geral do partido. Com sua saída começa um período de incertezas cujo efeito eleitoral ainda é desconhecido.
Depois do furacão da ruína, precariedade e sofrimento social; Depois do choque dos indignados e da grande crise do bipartidarismo, a esquerda atingiu o nível exigido?
O que está por trás de todo esse barulho? Luta de ideias ou simples disputas de poder?
Esta é a crônica do ano em que o PSOE arde e do terremoto político que chocou uma esquerda acostumada a renunciar. Jesús Maraña, jornalista de rigor e honestidade saudado por todos, iguais e opostos, com acesso aos protagonistas e principais fontes deste drama, mergulha no labirinto da esquerda. Como chegamos aqui?
Que fios internos e externos estão se movendo para forçar a saída de Pedro Sánchez? Partindo de conversas inéditas e exclusivas, com ritmo ágil e estilo direto, Maraña desenha com maestria a imagem de uma esquerda diante de uma nova e complexa encruzilhada. Um trabalho essencial para entender o que está acontecendo conosco.
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