O ponto de partida deste livro é uma situação que parece extremamente perturbadora para todos nós que somos pais e nos conhecemos no espaços de centros comerciais onde libertar os nossos mais pequenos enquanto navegamos na vitrine de uma loja.
Naquela piscada em que você perde a visão em um terno, em alguns acessórios de moda, em sua tão esperada nova televisão, você de repente descobre que seu filho não está mais onde você o viu no segundo anterior. O alarme dispara imediatamente em seu cérebro, a psicose anuncia sua intensa irrupção. As crianças aparecem, sempre aparecem.
Mas às vezes não. Segundos e minutos se passam, você caminha pelos corredores iluminados envolto em uma sensação de irrealidade. Você percebe como as pessoas o observam se mover sem descanso. Você pede ajuda, mas ninguém viu o seu filho.
Eu não sou um monstro que chega àquele momento fatal onde você sabe que algo aconteceu, e não parece nada bom. A trama avança freneticamente em busca da criança perdida. o Inspetora ana arén, auxiliado por um jornalista, associa imediatamente o desaparecimento a outro caso, o de Slenderman, o esquivo sequestrador de outra criança.
A ansiedade é a sensação predominante de um romance policial com aquele tom absolutamente dramático que se assume na perda de um filho. Um tratamento quase jornalístico da trama ajuda nessa sensação, como se o leitor pudesse compartilhar as exclusividades das páginas dos acontecimentos onde a história vai se desenrolar.
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