The Sold Out, de Paul Beatty

O Soldado Paul Beatty
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Há uma corrente desconexa de romances de humor entre o absurdo, o surreal e o trágico. Digamos que eu mesmo acabei de criar este fluxo. Aconteceu comigo quando descobri as coincidências hilárias entre este livro O vendido por Paul Beatty e o espécime Sakamura e os turistas sem carma, por Pablo Tusset. Dois livros não categorizados, mas atuais, um fluxo moderno de risadas grotescas e intermináveis.

Rir do trágico, de forma credível, convincente e magnética, é um ato de sublimação literária. O protagonista dessa história é um cara que, desprovido do pouco que lhe restava no mundo, decide lançar uma gargalhada contínua de um mundo que perdeu todo o sentido.

Envolto pela fumaça da maconha, o protagonista da história, recentemente órfão e sem nome conhecido, considera a existência uma série de pendências que só ele pode cuidar. Tendo alcançado o estado de coisas ao extremo da besteira absoluta, apenas sua vontade de ferro pode mais uma vez construir um mundo de dignidade.

A sátira é o truque final com que Paul Beatty dá a esta história uma risada triste que voa sobre questões tão sórdidas como o racismo levado ao extremo da escravidão. Mas você sempre sorri, aconteça o que acontecer, Beatty sabe como arrancar uma risada de você.

A composição literária de um delírio dessa magnitude só pode ser lida e compreendida por tolos que passam pelo mesmo período delirante da história. Portanto, este romance é uma obra-prima da modernidade, da decadência e da superação de tudo por meio de uma risada patológica. Não estou mais dizendo a você ... Bem, sim, ele recebeu o Prêmio Booker 2016, nada menos.

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O Soldado Paul Beatty
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