Os anos sessenta soaram na Espanha como um canto de sereia anunciando modernidade, abertura e liberdade.
Mas a realidade espanhola ergueu-se como um muro contra a interferência na moral gravada pelo fogo, a dos fuzis que ainda sacavam de pólvora 30 anos após a Guerra Civil.
O desligamento com o mundo foi mais acentuado nas províncias, onde o estrangeiro sempre foi uma ofensa internalizada aparentemente por todos.
Nesta situação este livro hoje é ruim, mas amanhã é meu. Um cenário perfeito em que o autor pode brincar com as sombras e os poucos sinais de lucidez.
Pablo Suances, um jovem vizinho da cidade de Daza, em Jaén, oferece-nos, graças à sua extrema sensibilidade, a perspectiva do que poderiam ser os amores proibidos. Como as almas inquietas do momento poderiam preencher seus buracos. Por que continuar lá quando esse site não é o seu ...
Medo, culpa, amor e as circunstâncias que moviam a realidade por caminhos difíceis de conciliar com o pessoal. Alienação geral, protesto e rebelião na esfera mais particular.
A arte como única válvula de escape possível, a contradição entre o espírito e o espaço real. A sufocação de quem precisaria respirar novos ares anunciados além das fronteiras.
A literatura com letras maiúsculas é de responsabilidade do autor. A Salvador Compán na sua versão mais exótica para traçar cenários, personagens e enredo num conjunto harmonioso, com cadência lírica graças à sua linguagem precisa e preciosa.
Já podes comprar o livro Hoje é mau mas amanhã é meu, o último romance de Salvador Compán, aqui:
Excelente revisão. Eu concordo com tudo É um romance redondo.
Fico feliz em compartilhar sentimentos. Obrigado