The Dog Archipelago, de Philippe Claudel

The Dog Archipelago, de Philippe Claudel
Disponivel aqui

O melhor Claudel está de volta com um de seus romances policiais típicos com aquele componente de mistura inesperado que só a capacidade criativa deste autor francês pode fazer funcionar.

O gosto pelo gênero negro é parcialmente explicado por sua conexão com aquela parte atávica e sombria da alma humana em seus piores instintos domesticados pela moralidade e pela necessidade de coexistência implementada a partir da razão.

E isso é bem conhecido do bom e velho Claudel e ele o manifesta em muitas de suas histórias e principalmente neste novo romance.

Viajamos para uma nova Ithaca no coração do Mediterrâneo, apenas em seu aspecto mais sinistro. Porque os habitantes das Dog Islands também são personagens de uma odisséia moderna, com uma dose maior de tragédia sentida entre as rajadas de vento siroco que trazem ecos de violência.

A morte, crime típico de todos os romances negros, aponta neste caso para certas tragédias de emigrantes em busca daquela sorte meio roleta russa entre as ondas do mar. E não, a sorte não acaba. Os corpos das últimas vítimas do mar, infelizmente na consciência dos ilhéus, acabam deitados nas suas praias.

Estes são dias de esperança para os habitantes locais. Talvez uma capital decida investir na ilha como uma nova reivindicação de lazer para os ricos em busca de aventura. E as vítimas são a pior imagem de marketing nessas negociações.

Só que os mortos trazem consigo o conflito entre os vizinhos, as tensões e a fúria desencadeada naquele espaço que se torna cada vez mais sufocante.

E assim a ficção acaba nos atingindo com força. Porque afinal não somos tão diferentes daqueles infames que vivem na sua ilhota a olhar para o umbigo, impassíveis à dor e à morte, capazes de defender a terra com armas e sangue ...

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