Existem lugares como Nice cujo brilho parece ter sempre existido e nunca morreu. Cidades dedicadas ao luxo, ostentação e refúgio de grandes heranças. Entre os palácios e hotéis luxuosos de Nice, essa história comove.
O protagonista é Linton Blint, um inglês que não se enquadrava muito nesta cidade deslumbrante dos anos 60. Uma década em que a grande cidade mediterrânea se moveu entre o luxo inesgotável, o boom da moda, da arte e das festividades, deixando de lado a memória, sim, de tempos mais cinzentos da velha Europa sangrou em vários conflitos do século XX.
Quase sempre acontece que o estranho, o anômalo não leva a nada de bom. A aparição de Linton no suntuoso Negresco Hotel o coloca no lugar errado na hora errada. Sem comer ou beber, Linton Blint se encontra imerso em um enredo de ação único, onde ele não tem escolha a não ser agir para salvar sua vida.
O gigantesco emaranhado, que cresce com cada movimento de Blint, se move entre o humor e a confusão e um certo ponto de intriga para saber como pode terminar uma história condenada ao mais bizarro dos finais.
Mas já se sabe que o humor, a serviço de uma trama de mistério ou intriga, dá muito de si para se ajustar a reviravoltas engenhosas e situações hilariantes, enquanto o mal paira sobre nosso amigo protagonista.
Entre coincidências, azar ou azar e o confronto com personagens e situações de todo tipo, Linton vai acabar forjando a imagem do herói capaz de desmantelar toda uma organização criminosa ..., no melhor dos casos. Ou talvez o que aconteça é que ele acabe sendo expulso da cidade.
Um romance para entreter e desfrutar, um enredo bem vinculado e habilmente resolvido.
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