Os 3 melhores livros do ilustrado Voltaire

O Iluminismo é o que tem. Um conjunto de circunstâncias entre a inércia evolutiva, os avanços científicos, as crescentes preocupações sociais e a coincidência de grandes pensadores, acabou por estabelecer o século XVIII como um salto para o cultivo da humanidade sob o esplendor da inteligência e da razão.

Y Voltaire Ele foi um dos representantes mais reconhecidos desse renascimento humanista que confiou na difusão do cultural, em sua abrangência e em seu maior eco, como grandes possibilidades para a construção de um mundo melhor.

Pode-se considerar que, diante das consequências (os mais informados em muitos casos são os piores inimigos da humanidade), ele poderia ser ingênuo ou até bonzinho. Mas o que aconteceu até então foi ainda pior. Portanto, o passo adiante naquele enciclopedismo universal parece necessário de qualquer maneira (pelo menos foi necessário tentar sair das sombras que ainda pairavam sobre as consciências comuns).

Mas, para além da efetiva repercussão histórica, Voltarie foi também escritor, provavelmente aquele com maior repercussão na sua veia ficcional entre os. Rousseau (com quem Voltaire compartilha o ano da morte), Diderot o montesquie, todos eles mais voltados para a árdua tarefa de divulgação ou filosofia rumo ao maior nascimento do mundo.

Isso sim. Não encontramos em seus romances ou contos grandes fantasias, mas sim propostas ideológicas abundantes servidas por personagens com pretensões transcendentais, com a marca existencialista que o faz mover-se ao sabor de um autor que o confronta com as consequências mais grosseiras do mero "ser" humano. Mas a graça é almejar tudo isso com um ponto de aventura, que às vezes é uma comédia de Dante.

E é justamente por isso que é interessante embarcar na ficção de Voltaire. Seu pensamento se torna mais amável entre a ação e sob aquela ideia que ele esbanjou em muitas histórias ...

Os 3 principais livros recomendados por Voltaire

Sincero ou otimismo

Sem dúvida esta é a obra que, em maior medida, representa uma incursão absolutamente literária do autor. Aventuras e desventuras, humor que ocasionalmente salpica entre um pessimismo sobre o legado humano até a época de Voltaire.

Em sua extensa revisão favorecida pela evolução do cosmos dos personagens, passamos por grandes acontecimentos europeus do momento. Cândido personifica a vontade, de confiança no humano.

A dura realidade paira sobre ele, como uma prova de fé diante da qual o seu desespero se reveste sempre de insistência e de perseverança. Entre os grandes aspectos trágicos da nossa civilização, Cândido acaba sendo aquela luz necessária para reacender um mundo imerso nas trevas da sua criação sarcástica.

Sincero ou otimismo

Perguntas de Zapata

Uma exposição filosófica que parte da voz de um personagem que se expressa em solilóquio acaba sendo uma intenção narrativa. Normalmente as dúvidas de um personagem vêm disfarçadas de versos.

Ainda mais pela ideia de um livreto tão leve como esse. Mas claro, no caso de Voltaire, com uma das mais extensas obras do Iluminismo, as dúvidas que Zapata apresenta de forma concisa, as grandes mentiras de uma religião que, face às abordagens mais básicas, acaba por deixando de ficar de pé.

Perguntas de Zapata

Tratado de tolerância

E diante da breve voz que sobe de um Zapata que questiona sem encontrar respostas, encontramos este trabalho agora mais sólido que parece ter lançado um gancho daquele Zapata cheio de incertezas. Porque aqui as coisas são claras.

Zapata agora se torna Jean Calas, o protestante. Talvez tenha sido outro homem cheio de perguntas e cuja única resposta foi sua execução sumária. Mas a partir de sua representação icônica, Voltaire acabou redigindo este tratado que clama contra uma fé que já naquela época começava a ser vista como uma das primeiras fontes de todos os males da humanidade.

Tratado de tolerância
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