Os 3 principais livros de Paul Preston

Como se costuma dizer entre o jocoso e o verdadeiro, ao lado do dicionário de significado do hispanismo deve aparecer a face de Paulo Preston. Porque, como historiador (e justamente com maior zelo neste aspecto cronístico do o hispânico), este autor inglês investigou e, finalmente, coletou e divulgou uma das mais extensas obras sobre o significado e o significado do que é hispânico.

Tarefa vital para guardar aquele legado carregado com um grande depósito cultural, tradicional e linguístico, mantido até hoje como uma das riquezas imateriais do mundo.

Ninguém melhor do que alguém fora do princípio, para cuidar de tal tarefa. Porque livre de conotações e tendências, Preston foi capaz de fornecer esse ponto de registro de destino, que bibliotecária meticulosa, para colocar os pontos no dela e nas vírgulas em tudo relacionado a escopo e significado.

Portanto, qualquer um de seus livros em diferentes épocas supõe uma análise histórica incondicional, um desejo de divulgá-la para deixar um testemunho de tudo o que foi visto, lido e aprendido.

Os 3 principais livros recomendados por Paul Preston

Um povo traído

Quando Lazarillo de Tormes foi escrito, a idiossincrasia do crescimento espanhol, aquela mistura entre o instinto de sobrevivência e as aspirações de todo botarado envolvido em regidor ou político, acabava de ser condenada para a posteridade.

Não é que fossem todos os que existiram, mas entre todos aqueles que alcançaram o poder, muitos daqueles personagens do guia, recuperados pela causa muitos séculos depois com o absurdo de Vale Inclán. Um observador astuto e cronista altamente habilidoso como Paul Preston certamente se maravilharia com a privação de sucesso de tantos guias-guias engenhosos em favor de idiotas bajuladores que quase sempre, como nos romances mais sombrios, acabam triunfando.

Na extensa bibliografia deste escritor inglês, este volume serve como uma síntese ou pelo menos como uma compilação de intra-histórias relevantes para todo um século XNUMX marcado em grande medida pela ditadura ou corrupção e apesar desta também superada nos cenários mais remotos do cena. política, nas mãos de ineptos em muitas ocasiões. Embora no final se conclua que não foi simples inépcia, mas servilidade às elites com a qual ambos os partidos se perpetuaram em um quid pro quo desesperado.

Essa é a grande traição, a manutenção dos favores dados como uma diretriz fixa, um costume devastador que transforma os políticos mais do que os hipócritas em cínicos que nunca olharam para as necessidades sociais além da base mínima sempre conquistada pelas classes populares. Mas, claro, tudo isso é minha própria dedução a partir de uma história mais asséptica que se concentra nos fatos para que seja o leitor quem acaba julgando e se submetendo à crítica.

Um Povo Traído, de Paul Preston

A Guerra Civil Espanhola (edição atualizada)

Uma resenha de um dos livros que descobriu Preston como um dos pesquisadores mais intensos de nossa história recente.

O fato de revisar seu próprio trabalho sobre as vicissitudes sociais e políticas negras entre 36 e 39 deveu-se a novas pesquisas esclarecedoras sobre aspectos inicialmente abordados no livro. E é bom ser crítico de si mesmo e considerar uma reedição mais completa que amplie o foco daqueles dias em que metade da Espanha lutou um duelo fratricida contra a outra metade.

Preston começa com os sinistros prolegômenos do conflito, a República, sempre em equilíbrio impossível, e as violentas erupções também de sua parte. Em seguida, abordamos a eclosão da guerra e os vários aspectos que enquadram a GCE em um contexto mundial estranho. Porque Franco recebeu ajuda de flancos que logo se enfrentariam na Segunda Guerra Mundial, o que não deixa de mostrar o mecanismo de autosserviço do cinismo da política internacional.

Para além do contexto geral, Preston revê aspectos com detalhes surpreendentes, abordando particularidades de diversos personagens e uma infinidade de eventos que acabam compondo um determinado universo sinistro em torno da guerra. Um livro imprescindível para quem deseja saber o que aconteceu entre 1936 e 1939, com seus preâmbulos e consequências. Porque o livro acaba também por abordar aquele legado entre os nostálgicos do franquismo e os herdeiros do republicanismo que nem sempre souberam reivindicar a sua essência para a dignidade final e aquela chamada Memória histórica sempre carregada de complexos e medos.

A Guerra Civil Espanhola, de Paul Preston

Franco (edição atualizada)

No meu livro «Os braços da minha cruz«, A ucronía na fuga de Hitler para a Argentina, aproximei-me da figura de Franco em um capítulo. Ou mais do que a sua figura que fez o ditador acabar morrendo pacificamente exibindo-se até o último suspiro.

Nem pela imagem nem pelos discursos fofinhos ele poderia ser considerado um personagem que arrasaria com sua presença, e mesmo assim esteve por 40 anos. Muito teve a ver com os interesses do momento e com o oportunismo cínico do ditador que soube resistir durante a Segunda Guerra Mundial e depois dela, continuando a perseguir a dissidência interna. A questão é que ele é, sem dúvida, um personagem interessante para um estudo como o que Preston fez nesta ocasião e em cujos avatares ele continua coletando mais informações incorporadas neste novo volume. O que fica claro nesta nova publicação é o grande peso da ambição para atingir os objetivos mais abomináveis.

Franco era ambicioso por seu ego, mais do que por uma vertente imperialista que finalmente se dirigiu para a autarquia e a miséria e que vendeu "sua pátria" ao lance mais alto para obter sua parte. Admirador autoconsciente de outros ditadores mais poderosos, Franco, no entanto, soube fazer uma política clandestina para sua própria sobrevivência como líder. Paul Preston editou o primeiro livro sobre Franco há mais de vinte anos e agora o completa com maestria em novas pesquisas e aspectos mais completos.

Frank por Paul Preston
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