3 melhores livros de Fernando Rueda

Em todos os lugares eles fervem feijão. Mesmo neste lugar chamado Espanha encontramos aqueles espaços fechados, pouco ventilados e quase sem luz onde se organiza o mecanismo do submundo.

Fernando rueda conhece todos os acessos a alguns esgotos do Estado que no final poderiam compor uma rede de abastecimento estendida por qualquer país que se preze. Porque os velhos equilíbrios deste mundo puxam por molas que às vezes ultrapassam o ético.

Que sempre existiram espiões ou agentes internos encarregados de transmitir informações privilegiadas e de distribuir se tocar na graxa, é algo que nos ficou claro com grande esplendor literário (ver John le Carré, Frederick Forsyth ou outros) durante a guerra fria.

Só no caso de Fernando Rueda, além de ser um produto seu, ele se aprofunda em aspectos bem mais recentes para explicar a intensidade dos terremotos sociais e políticos cujo epicentro se localiza logo acima dos famosos esgotos. Quase sempre recontado da garganta profunda de sua personagem estrela resgatado da realidade: o Lobo.

Com aquele ponto ficcional de quem precisa enterrar a realidade entre a ficção, Fernando Rueda oferece-nos leituras para aprendermos sobre mecanismos de contenção sob o nosso mundo, intervenções subterrâneas, detonação controlada se toca ..., tudo em esgotos com entrada e saída de escritórios de todos tipos.

Os 3 livros mais recomendados por Fernando Rueda

O retorno do lobo

Havia dois grandes lobos na Espanha nas décadas de 70 e 80. Um era o lobo Carrasco, de quem um servidor admirava seus galopes através da gangue, e o outro era Mikel Lejarza, infiltrado na gangue terrorista ETA para fazê-la implodir graças a seu tarefa como um espião.

A questão é que o lobo Carrasco prolongou sua carreira esportiva desde os micros, como comentarista. Enquanto o lobo Lejarza teve que se esconder por décadas após se revelar como o maior dos espiões espanhóis após o regime de Franco, nada melhor do que romance sua vida ou grande parte dela com mórbida, admiração, ódio ou o que seja. Aproxime cada um do personagem.

Um homem pode suportar viver 30 anos mudando continuamente sua identidade? Há alguém capaz de suportar o estresse e o medo de se infiltrar continuamente em grupos terroristas e gangsters, sem perder a segurança de si mesmo e dos que estão ao seu redor? Mikel Lejarza, vulgo "Lobo", era um jovem barbudo quando foi capturado pelo segredo serviço para se infiltrar no grupo terrorista ETA. O resultado foi espetacular: mais de 200 terroristas foram presos e sua infraestrutura em toda a Espanha desativada. Operado para cirurgia plástica para que ninguém mais o identificasse, ele se infiltrou em gangsters e grupos econômicos, sem deixar de lutar até hoje contra o ETA e o terrorismo internacional.

Depois de se infiltrar na Catalunha em uma rede de espionagem corporativa de alto nível, ele é preso sem que o serviço secreto apareça para defender que ele trabalha para eles. "Lobo" está cansado de viver escondido, seu estômago sofre as conseqüências de tanto estresse, ele questiona a solidão em que vive e medita abandonando a espionagem. Algum tempo depois ele desaparece, carregando muitos segredos de sua vida passada em sua mochila. Ninguém ouviu falar dele até pouco depois dos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos. A CIA descobre, em uma operação antiterrorista contra a Al Qaeda em Dubai, que um dos árabes envolvidos é Mikel Lejarza.

Se você não trabalha para nenhum serviço de inteligência: o que você está fazendo na gangue mais perigosa do mundo? O mundo da espionagem, que Fernando Rueda, o maior especialista espanhol na área, tão bem conhece, é o protagonista deste romance. Mas também o é o amor, o desânimo, o sofrimento, as consequências traumáticas da dupla personalidade, valores, sonhos e decepção.

O retorno do lobo

Destruição massiva

Talvez tenha sido porque Aznar ficou noivo de Bush. A questão é que as idas e vindas dos cálculos sobre a disponibilidade de armas de destruição em massa podem esconder outra coisa. Apesar de, no final das contas, nem mesmo Aznar parecer dar atenção ao trabalho sombrio da CNI.

Esta é a história baseada em fatos reais de um grupo de espiões que, desde 2000, jogou no Iraque para obter informações valiosas para o Governo e a partir de 2003 para proteger as tropas espanholas ali estacionadas após a invasão do país liderada por Bush, o presidente dos Estados Unidos. Agentes da CNI perseguidos pelo temível Mujabarat, com relações conflitantes com grupos terroristas xiitas, com fontes valiosas do governo de Saddam Hussein, que não desistiram de sua missão apesar de saberem que muitos queriam matá-los, seu próprio serviço secreto não os protegia como deveria, e o governo Aznar desprezava suas informações de alta qualidade, determinado a buscar um lugar predominante na política internacional.

No conto especialmente notório e misterioso, Fernando Rueda imprimiu uma reviravolta surpreendente. Depois de criar uma narrativa convincente que enfatiza quem foram os protagonistas, como os eventos secretos ocorreram e por que aconteceram, crie um novo final. Como diz Joaquín Llamas, realizador de cinema e televisão: «Quem te disse que não aconteceu como tu contaste?».

Destruição massiva

Casa II: CNI: Agentes, operações secretas e ações indizíveis de espiões espanhóis

Pouco resta à imaginação com este título que já esclarece a abertura no canal do sistema para mergulhar numa segunda parte onde parece que tudo flui com mais naturalidade. E é isso que se abrem as comportas, a torrente de informações é complementada por noções subjetivas de muitos daqueles espiões e analistas encarregados de sustentar um equilíbrio tão instável como o é o mundo atual.

25 anos após o aparecimento de La Casa ter quebrado o muro de silêncio sobre os agentes, operações secretas e atividades dos espiões espanhóis do então CESID, seu autor, Fernando Rueda, realizou uma nova e longa investigação, na qual mergulhou nos segredos que seu substituto, a atual CNI, esconde.

O livro foi escrito com o objetivo de desvendar em que se tornou a espionagem espanhola e como ela funciona - desde que mudou de nome em 2002 - descobrindo a vida, os sentimentos e as operações de seus agentes mais importantes, mas também daqueles outros cujos nomes nós não sabe e que arrisca diariamente a vida no seu trabalho. Um ensaio rigoroso que traz à tona as ações mais desconhecidas da opinião pública e que denuncia a conduta desleal de agentes e a responsabilidade de alguns dirigentes por graves erros cometidos ao longo de sua história.

Aqui o leitor saberá como a CNI atua na luta contra o terrorismo jihadista, as ações que conseguiram acabar com o ETA e desvendará as relações e investigações ocultas com o Rei, o Governo, vários líderes políticos, a Catalunha, a Polícia e alguns outros. Assim como mostra como Estados Unidos, Rússia, Marrocos e outros países violam nossa segurança e como os meios tecnológicos “invisíveis” nos espionam diariamente e também a milhares e milhares de pessoas no exterior.

casa II
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2 comentários em “3 melhores livros de Fernando Rueda”

  1. Artigo interessante.
    O que não entendo é porque o autor no mesmo parágrafo fala em "Catalunha" e "Estados Unidos"... segundo esse critério ele deveria falar em "Estados Unidos"

    resposta

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